segunda-feira, 28 de março de 2011

Quatro patas

 

Sempre fui apaixonada por animais, especialmente os cães. Não foram poucas as vezes em que quase me meti em enrascadas para defendê-los das garras do bicho-homem. 

Ainda assim, tenho um pouco de receio de cães de grande porte. Não foi diferente com ela, quando a vi em meio à rua quase deserta. Senti um frio na barriga quando se aproximou. Sem nenhuma cerimônia encostou o focinho na minha mão pedindo um carinho. E se tornou  mascote na vizinhança. Todos levam comida, água, carinho. Ops, nem todos, pois parece que a sua presença incomoda algumas pessoas. O porque eu definitivamente não consegui descobrir.

Será que ter uma amigona que vai buscar todas as pessoas no início da rua e as leva até suas casas faz mal? Será que é a sua carinha de agradecimento após uma refeição? A sua felicidade quando ganha um carinho? O seu jeitinho humilde quando deita no seu cantinho da calçada para dormir?

O amor de um cão é algo que me fascina. Não depende do seu humor, da sua posição social, do que você lhe oferece. Ele existe e pronto. E a sua fidelidade é uma lição para muita gente nesse mundão. Pelo menos deveria ser.

Tentei abrigá-la, mas outra amiguinha peluda não permitiu. Não desisti dela, porque ela não desistiu de mim nem  mesmo quando senti medo da sua presença. Ao contrário, me mostrou que amor se conquista. 

Que Deus me ajude a dar-lhe um lar antes que o bicho humano ache outra solução. 

sábado, 19 de março de 2011

Espero...


s.f. Expectativa de um bem que se deseja: a esperança é grande consoladora.

Esperança. Como gosto desta palavra!

Dizem que Neruda, regido por sua alma de poeta, se apaixonava por coisas que aos olhos dos outros não tinham importância: pedrinhas, conchas, enfeites de madeira. E ia atrás do objeto de desejo com toda força da sua paixão. “¡Ay que no puedo vivir sin esta”, dizia.

Querer, desejar, esperar por algo é motivador...impulsiona vidas, direciona olhos e mentes.

Poderia se tornar um sentimento negativo em alguma circunstância? E se o alvo nunca for alcançado, teria sido a espera em vão?

Não. Achar que o que está por vir é sempre o melhor é que se torna um problema quando se esquece do que já se tem: algo que um dia também esteve na categoria “esperança” e passou a não ter importância pelo fato de ter se tornado realidade. Isso faz das pessoas eternos caçadores de ilusões. De coisas que não podem ser alcançadas, sob o risco de tornarem-se irrisórias.

Eu coleciono várias esperanças. Grandes e pequenas. Essenciais ou nem tanto.  Cada uma delas quando se torna realidade é uma festa no meu coração. Quando não se tornam ficam guardadas no álbum das coisas que são belas mas não essenciais para mim.

¡Ay no puedo vivir sin esperanza”


"A esperança seria a maior das forças humanas, se não existisse o desespero." Victor Hugo

segunda-feira, 14 de março de 2011

Blog do bom!!!



Recentemente conheci o blog Caríssimas Catrevagens http://carissimascatrevagens.blogspot.com/ e AMEI. Li quase todo, ri, senti saudade, quase chorei, dei gargalhadas. Mesmo o que não conhecia (pouca coisa, rs), sabe quando dá saudade de um tempo que a gente não viveu?

Como disse o meu amigo Chico, é pra ler degustando.

E sabe que me inspirou a procurar no fundo do baú as minhas próprias catrevagens? Qualquer dia posto aqui...

Recomendadíssimo!

http://carissimascatrevagens.blogspot.com/

Imagens que dispensam palavras

quarta-feira, 9 de março de 2011

Doe-se

Uma criança linda, saudável, esperta, amada. Assim era a pequena Ana Luiza, de 7 anos.


Em uma semana, o que seria apenas uma dor de ouvido se transformou no maior pesadelo da sua famíla: diagnosticada com um tipo raro de câncer, a garota saiu de Manaus em busca de tratamento em SP.



Em São Paulo, após exames complementares, seus pais descobrem que além do tumor ela tinha metástases nas vértebras, ossinho da perna, pulmões e medula. E uma luta mais árdua e aparentemente sem solução se inicia...Mas Ana Luiza sempre esteve cercada pelo amor e cuidados dos  pais Carol e Marcos, que incansavelmente lutam com ela cheios de esperança e fé. Muito puderam sentir do amor de Deus todos os dias, pois eram amparados e fortalecidos cotidianamente.


Como toda guerreira, a pequena mostrou sua força ao obter excelente resposta ao tratamento, surpreendendo até aos médicos. As metástases sumiram! E o tumor principal também!


Recentemente, para evitar uma recidiva, foi realizado um transplante de medula autólogo e a pequena se encontra na UTI do AC Camargo esperando a "pega" da medula.





Além das nossas orações, Ana precisa de sangue e plaquetas com urgência. Se você for de São Paulo, por favor procure os endereços abaixo, reúna pessoas e vá doar um pouco de si para esta criança. Se não for de São Paulo, entre em contato com pessoas de lá e também divulgue nas redes sociais (no twitter, é grande a  solidariedade para #forçaAnaLuiza).

Hospital A C Camargo
Rua Prof. Antônio Prudente, 211 – Liberdade.
Fone: (11) 21895122

Hospital do CoraçãoRua Abílio Soares, 176 – Paraíso
Fone: 3053 5537

Clínica de Sangue de São Paulo
Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 2533 – Jd Paulista.
Fone: (11) 3372 6611

A doação de plaquetas pode ser feita na Clínica de Sangue de São Paulo, preferencialmente do tipo sanguíneo A(-) ou qualquer outro tipo, de fator Rh negativo.
Que a pequena possa muito em breve voltar para a sua casa, para a sua vida, livre de cirurgias, agulhadas e efeitos das quimioterapias. Curada para sempre.

Mais detalhes no blog http://vidanormal.blogspot.com/   escrito pela mãe da guerreirinha.

sexta-feira, 4 de março de 2011



Tenho aprendido que a percepção da essência das coisas simples é o caminho para a felicidade. O raio de sol que brinca com as cortinas do quarto, a flor que desabrocha no meu pequeno jardim nas noites quentes de verão, risadas infantis que enchem os ouvidos e as manhãs, lugares descobertos sem querer, afeto de quem se quer bem. Na miudeza desses momentos sinto a grandeza de viver. Bem. Em paz. Feliz.

No recôndito do meu coração que às vezes é furacão e às vezes é mar brando, sinto a plenitude de saber que nada sei de mim, pois quando acho que sei já acho diferente. E gosto disso. Descobrir e redescobrir é algo que não nos deixa estagnar no orgulho das sabedorias definitivas.

Deixo as coisas chegarem naturalmente e elas vão chegando se quiserem. E assim caminho, andarilha que não tem a pretensão de ser estrada porque muito tem a trilhar.