sábado, 30 de outubro de 2010
E que vença a democracia
Estamos a um dia das eleições presidenciais. Um dia, não, algumas horas, pois já é madrugada e estou aqui agarrada no PC conferindo as novidades. Pela primeira vez uma mulher se candidata a presidente no Brasil, e com grandes chances de vitória neste segundo turno.
Procuro no meu Pote de Palavras quando comecei a militar na política. Acho que foi aos treze anos. O início da minha adolescência coincidiu com a decadência da ditadura militar, o movimento Diretas-Já, a luta do povo nas ruas por um país democrático. Um período difícil, sem dúvida, mas muito rico em termos de engajamento no movimento estudantil. A partir daí vivi experiências que me ajudaram a crescer. Comecei a ler bons livros, a tentar entender porque o Brasil era daquele jeito, a participar de reuniões, tudo o que pudesse me ajudar a entender a situação do momento.
Algumas experiências foram difíceis, como no dia em que, aos 15 anos, fui cercada por militares a cavalo e ameaçada de prisão só porque usava, no dia das eleições para governador, uma camiseta com uma borboleta verde estampada, uma alusão ao slogan "a esperança está de volta". Ou o dia em que tive que decidir entre fazer a prova de Física ou participar da reunião da Militância Jovem. Claro que escolhi a segunda opção, mas quase fui reprovada na disciplina.
Daí para participar de trabalhos comunitários de conscientização do exercício da cidadania foi um pulo. Neste momento decidi que queria trabalhar para o povo, junto ao povo.
Muitos anos se passaram desde então. Muitas alegrias, várias decepções, promessas de não me envolver muito no processo eleitoral (que nunca consegui cumprir, graças a Deus). Não sou filiada a partidos, quero ser livre para fazer minhas escolhas, mas as minhas convicções sempre me levam a um caminho: o dos partidos que estiveram ao lado do povo.
E vou trilhando o meu caminho. Nos últimos anos, muito feliz por termos escolhido um presidente que governou para os esquecidos e neglicenciados, que fez da inclusão social a principal marca da sua gestão. E com muita esperança que o processo de reconstrução social do nosso Brasil continue. Por mim, pelo meu filho, por cada pessoa para a qual eu trabalho, testemunhas vivas do que a inclusão social pode fazer a uma pessoa em termos de dignidade.
E que vença ela, a DEMOCRACIA!
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