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domingo, 2 de janeiro de 2011
Ciclos
Inicia-se o novo ano que traz consigo novas ideias, esperanças, planos os mais diversos. Fecha-se um ciclo para dar lugar ao novo, e isso é bom.
Não que o anterior tenha deixado a desejar. Fazendo um balanço de tudo o que vivemos em 2010 percebo que o saldo foi bem positivo, à medida que passamos a valorizar as coisas que realmente valem a pena. Mesmo as coisas que consideramos negativas são extremamente necessárias para não perdermos a capacidade de olhar o outro, de nos indignar, de reagir.
Os almoços barulhentos, encontros, visitas, presentes, fotografias, risadas,beijos, bilhetinhos pela manhã, telefonemas de preocupação ou alegria, criançada correndo. Eu chamo isso de família.
Mil e-mails para responder, telefonemas, visitinhas, queixas da sua ausência, passar quinze dias combinando um encontro de tres horas, afeto, festinhas. Eu chamo isso de amizade.
As reuniões, a preocupação com a sua ausência, o louvor, o compartilhar de alegrias e de dores. Eu chamo de irmandade.
O caos em meio a risadas, as perguntas inusitadas, o cansaço no fim do dia. Eu chamo isso de escolha profissional.
As discussões acaloradas, notícias nos jornais, fóruns, debates, encontros. Isso eu chamo de militância. E de cidadania.
A torneira quebrada, o pão quentinho, a cama desfeita, o banco no jardim. Isso eu chamo de lar.
Felicidade é ter algo o que fazer, ter algo que amar e algo que esperar. (Aristóteles)
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
No ano novo... Ana Jácomo
"No ano novo, bem mais do que nos outros, quero alimentar o meu coração com mais daquilo que eu sei que ele gosta e é capaz de nutri-lo. Quero escolher com todo amor os ingredientes de cada refeição. Cozinhar mais vezes para ele. Usar os temperos que mais aprecia. Dedicar um tempo maior para preparar a mesa. E, depois de servi-lo, desfrutar a delícia de vê-lo saborear o que preparei. Curtir o conforto de me saber responsável pelo seu contentamento. Aquele gostinho bom do “fui eu que fiz pra você”.
No ano novo, bem mais do que nos outros, quero ter mais gentileza com os meus sentimentos. Com todos eles, sem exceção. Quero ter mais habilidade para ouvir o que têm pra me contar, sem tentar abafar a voz daqueles que podem me trazer desconforto. Quero deixar que se expressem, exatamente com a cara que têm. Que me façam surpresas. Que me apontem as mudanças que já aconteceram e me falem sobre aquelas que pedem para acontecer. Quero que me mostrem as regiões ainda feridas em mim que precisam de olhar, de cura ou de perdão. Não quero sentimento acuado, amordaçado, varrido pra debaixo do tapete. Quero ser a melhor confidente de cada um.
No ano novo, bem mais do que nos outros, quero ter mais cuidado com os sentimentos alheios. Mais compaixão. Mais empatia. Mais tolerância. Suspender o julgamento. Trocar a crítica pelo respeito. Parar de achar que eu faria diferente, que eu diria diferente, quando não é a minha vida que está na berlinda. Quero lembrar mais vezes o quanto nos exige cada superação, cada avanço, cada conquista, cada descoberta das chaves capazes de abrir os cárceres que inventamos para nós. Quero lembrar mais vezes do quanto eu falho, mesmo quando quero acertar. Do quanto eu ainda me atrapalho comigo. Do quanto preciso ser generosa com a minha trajetória a cada novo projeto anunciado pela minha alma. A cada nova tentativa. A cada novo tropeço.
No ano novo, quero me encantar mais vezes. Admirar mais vezes. Compartilhar mais amor. Dançar com a vida com mais leveza, sem medo de pisarmos nos pés uma da outra. Quero fazer o meu coração arrepiar mais freqüentemente de ternura diante de cada beleza revista ou inaugurada. Quero sair por aí de mãos dadas com a criança que me habita, sem tanta pressa. Brincar com ela mais amiúde. Fazer arte. Aprender com Deus a desenhar coisas bonitas no mundo. Colorir a minha vida com os tons mais contentes da minha caixa de lápis de cor. Devolver um brilho maior aos olhos, aos dias, aos sonhos, mesmo àqueles muito antigos, que, apesar do tempo, souberam conservar o seu viço. Quero sintonizar a minha freqüência com a música da delicadeza. Do entusiasmo. Da fé. Da generosidade. Das trocas afetivas. Das alegrias que começam a florir dentro da gente.
No ano novo, bem mais do que nos outros, quero ter atenção com relação ao que sinto, ao que vejo, ao que propago. Mais cuidado para não me intoxicar com os apelos do medo e do pessimismo, tão divulgados nesses nossos tempos. Usufruir mais a sábia isenção que nos permite continuar a ver o melhor para a nossa vida e para a vida de todos os seres, apesar de. Não me importa se eu olhar na contramão: quero ter a coragem de sustentar a minha crença de que o amor, a paz, a luz, hão de prevalecer na Terra, e, enquanto isso não acontecer, quero dirigir também a minha energia ao propósito de que prevaleçam em mim.
No ano novo, bem mais do que nos outros, eu quero me sentir feliz. Uma felicidade que não está condicionada à realização das coisas que, particularmente, anseio para mim. Para a minha história nesse mundo. Para essa personagem que eu visto. Quero, antes de qualquer outra razão, me sentir feliz por encontrar descanso e contentamento no meu coração. Por tocar com o sentimento a preciosidade da vida. Por saber que existem coisas para eu realizar enquanto estou por aqui. Por acreditar que a maior proposta da idéia humana é a felicidade. Não importa quantas nuvens eu possa ter que dissipar no ano que começa: gente, por natureza, é sol, e eu quero viver esse lume."
(Ana Jácomo)
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
DEZEMBRITES
O último trimestre do ano é cheio de particularidades. Tudo fica mais agitado, as pessoas se mobilizam para as intermináveis festas de final de ano e também, após um ano de trabalho, todo mundo quer merecidas férias.
E nessa época, coincidentemente, as crianças começam a espalhar as doenças infectocontagiosas tão chatinhas que se alastram nas escolas e vizinhanças: catapora, rubéola e 'otras cositas mas'...
Pensam que os adultos ficam imunes? Aí é que se enganam! As ITE's chegam de mala e cuia: outubrite, novembrite e dezembrite. Ouvi as expressões há um tempão, de um médico que pesquisava a alta incidência de doenças e cansaço excessivo nos últimos meses do ano em pessoas de diversas classes sociais, profissões e idades.
Eu mesma tenho uma dezembrite chatíssima todos os anos. Pra ser sincera, começa mesmo em outubro, em novembro fica chateando e inaugura dezembro com louvor. É uma impaciência, vontade de sair de férias logo...Vou logo avisando aos colegas: "Tou com dezembrite!"- Todo mundo já sabe.
Espero as férias como um andarilho busca água no deserto. Nem que seja para ficar dias de pernas para o ar, dormir até enjoar, ler livros que estão na fila desde o meio do ano, curtir muito a família. Uns dias de sol, mar e sossego serão bem vindos também.
Falta pouco...Vou recarregar as energias a partir do primeiro dia do novo ano. Yesss. E as ITE's vão hibernar, e já vão tarde...
domingo, 19 de dezembro de 2010
FINAL DE ANO
Todo ano é a mesma coisa: você nem percebe e dezembro já chegou com a corda toda. Em todo canto tocam aquelas musiquinhas que depois não querem sair da cabeça da gente, começa um movimento meio frenético em todo canto, luzes, decorações. Tudo cheira a Natal.
E começam as mais variadas confraternizações, de trabalho, família, colegas de faculdade,de curso, amigos de infância, amigos mais recentes, voluntariado. Sei que não vou conseguir ir à todas, mas confesso que gosto do clima, especialmente naquelas confraternizações onde você encontra pessoas queridas e tem a oportunidade de bater um papo, dar um abraço que a falta de tempo se encarrega de impedir durante o ano.
O ruim é que, acabaram as festas, cada um corre para a sua vidinha agitada e espera o próximo encontro, que muitas vezes só acontece na próxima confraternização.
Como seria bom que esse clima durasse o ano inteiro! Que cada amigo tivesse a mesma oportunidade de rever, falar, ouvir o outro...sempre. Que a preocupação com um presente que combine com a pessoa fosse a mesma preocupação em cultivar a amizade, que o olhar sobre o próximo fosse mais duradouro. Que aquele telefonema de felicitações também acontecesse numa segunda feira sem nada especial. Prometo que vou me esforçar...
Sei lá, acho que aquela nostalgia natalina me pegou.
...e que a gente nunca esqueça o verdadeiro aniversariante e tudo o que Ele veio fazer entre nós.
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